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Um Inteiro é totalizado pela complementaridade? Ou somente se é íntegro na própria plenitude? 

O Sujeito se constitui pela pacífica dialética horizontal entre o Eu e um Outro? E a “realização” na Completude, é apenas uma conveniente construção social, outro conto de fadas preservando-se do luto das Ausências?
Desafio e reinvenção, ou gozo na fantasia (a paixão como delírio?), a Outroridade é tanto menos a idealização do reencontro da metade cindida quanto maior for a pulsão potencializada pela autonomia, sem controle projetivo. Inconscientes em choque tectônico, superficializados profundamente, dinamizados pelo atravessamento do olhar que escuta. Tudo num encantamento desajeitado, seco, desastrado, improdutivo, por vezes bipolarmente triagonal. Desafetado?
Proponho um diálogo criativo e desviante entre inteiras metades cuja dinâmica da alteridade resignificou seus desejos no tempo e espaço, desregulando procedimentos de domínio, fomentados nas contradições em campos expandidos de afeto na contemporaneidade. Revelo gestos simbólicos do amor no ecossistema das imagens, desproblematizando o ruído das transgressões, emergindo leis inconscientes de atração nas facetas ocultas das formas, seduzindo o olhar na estranheza de um conforto unfamiliar, em diálogos inesperados nos encontros desencontrados de biferentes iguais.


2009–2016, Impressão UV de pigmento mineral sobre pastilha de porcelana esmaltada | © 2016 Fernando E. Aznar, all rights reserved

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